Caro(a)s Associado(a)s,
Na atual conjuntura económica de incerteza e preocupação, gostaria de salientar o potencial que temos diante de nós em 2023, com o Douro a ser eleito Cidade Europeia do Vinho. Esta distinção realça o valor da nossa riqueza vitivinícola e abre portas para novas oportunidades de negócio e promoção da nossa região no panorama nacional e internacional.
Aproveitemos esta oportunidade para destacar a qualidade dos nossos produtos e reforçar a colaboração entre empresários, instituições e comunidades locais.
Na sequência dessa distinção, também as comemorações do 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, vão decorrer no Douro, na cidade do Peso da Régua.
Estas comemorações homenageiam não só a língua e cultura portuguesa, mas “deviam” simbolizar também a coesão e o esforço conjuntos de todos os cidadãos, tanto em território nacional como no estrangeiro.
A eleição do Douro para Cidade Europeia do Vinho 2023 e as Comemorações do 10 de junho na cidade do Peso da Régua são mais do que merecidas para todos os Durienses. Fruto do árduo trabalho e persistência das comunidades locais ao longo dos séculos e da capacidade de inovação, adaptação e resiliência dos nossos empresários, a região do Douro contribui significativamente para o prestígio e reconhecimento de Portugal no mundo.
A região do Douro é um bom exemplo de como a preservação do património, a valorização da paisagem e o envolvimento das pessoas no desenvolvimento sustentável contribuem para o crescimento económico e o fortalecimento da identidade nacional.
No entanto, a desertificação do Douro tem de merecer maior atenção por parte dos decisores políticos e de toda a sociedade. A falta de coragem política para enfrentar este problema tem sido notória, e a consequente diminuição da população e escassez de mão de obra na região já colocam em risco a sustentabilidade económica e social da mesma.
Não chega premiar o Douro! É preciso coragem para implementar reformas políticas nacionais para dar resposta concreta aos desafios referidos.
O envolvimento e mobilização de todos os agentes públicos, privados e da sociedade civil é crucial para alcançarmos resultados efetivos e duradouros na luta contra a desertificação do Douro e na preservação deste património inestimável para as gerações futuras.
No 10 de junho, mais do que belos discursos, homenagens e comendas, precisamos de políticas eficazes e corajosas para a região.
Como dizia Luís de Camões: “Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos.”
Com determinação e cooperação, podemos sair fortalecidos desta conjuntura e consolidar a posição do Douro no panorama nacional e internacional.
Forte Abraço
O Presidente da Direção,
Paulo Mendonça Tolda